O chá verde é responsável por 22% do chá consumido no mundo. No Brasil, o chá verde é comercializado principalmente acondicionado em saquinhos de papel de filtro (sachê). Recentemente na literatura, tem-se verificado que chá brasileiro apresenta maior quantidade de compostos fenólicos quando comparado com chás de outros países e tal fato é atribuído às características do clima e do solo.


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O chá verde era consumido como medicamento, passou a ser do gosto popular devido as suas característica organolépticas, rico em polifenóis, principalmente catequinas. Essas substâncias apresentam uma séria de atividades biológicas, antioxidante, quimioprotetora, anti-inflamatória e anticarcinogênica. Além destes efeitos benéficos à saúde atribuídos ao consumo do chá verde, uma grande atenção atual tem sido focada no seu efeito na redução da gordura corporal.

Estudiosos têm demonstrado que uma mistura de componentes do chá verde e cafeína aumenta a termogênese e a oxidação lipídica, promovendo gasto energético. Diante disto, estudo de Basu et al., 2010 compara os efeitos da suplementação de bebida de chá verde ou extratos de chá verde com controles sobre o peso corporal. Em outras palavras, o que seria melhor beber chá ou consumir cápsulas de extrato de chá verde?

Os indivíduos estudados foram submetidos há 8 semanas continuamente de consumo de chá verde, um grupo utilizou 4 xícaras de chá por dia, outro grupo usou 2 cápsulas de extrato de chá verde por dia e o grupo.

Inicialmente a principal diferença encontrada entre o chá bebida e o extrato de chá verde em cápsula, na análise da erva e extrato, foi a incrível presença um maior de cafeína na composição da bebida de chá verde (erva in natura) em relação ao extrato de chá (cápsulas).

Os resultados obtidos com o estudo, mostra que chá bebida e extratos de chá verde causou uma diminuição significativa no peso corporal e índice de massa corporal (IMC) ( -2,5 ± 0,7 kg, e -1,9 ± 0,6, respectivamente). Além do mais a bebida de chá verde mostrou uma tendência de diminuição nos níveis de LDL –colesterol, porém as Larges LDL (LDL grande) tiveram maior redução com extrato de chá e LDL/lipoproteína de alta densidade (HDL). Em relação aos marcadores oxidativos, a bebida de chá verde também diminuiu significativamente MDA(Malondialdehyd) e HNE (hydroxynonenal) ( -0,39 ± 0,06 ) em comparação ao extrato de chá verde (-0,11± 0,05 mM). No plasma sanguíneo as catequinas livres foram detectados em ambos os grupos (de bebida e extrato), indicando a conformidade e biodisponibilidade de catequinas do chá verde. Então, pode-se dizer que o perfil da bebida do chá verde e o extrato parece ser bem diferente.

O estudo conclui que o consumo bebidas de chá (4 xícaras /d) ou extrato de suplementação (2 cápsulas/d) reduziu significativamente o peso corporal e IMC. Porém, parece que a bebida de chá verde reduziu ainda mais a peroxidação lipídica em comparação ao chá verde em cápsulas. Tudo indica que algumas composições que não foram dosadas na analise inicial dos compostos da bebida ou extratos podem está presente na planta e não na cápsula, ou a própria cafeína acaba sendo um componente que pode ajudar de forma sinergista na oxidação lipídica.

Lembre-se o consumo do chá verde deve ser prescrito e orientado por nutricionista, não realizem a automedicação desta substância, também não se deve negligenciar a dieta por causa do seu uso. Para isso há necessidade orientação adequada, ainda ressalto a importância do educador físico para maximizar através dos exercícios físicos os efeitos da perda da gordura corporal.

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Referências

Freitas, H. C. P., & Navarro, F. (2012). O chá verde induz o emagrecimento e auxilia no tratamento da obesidade e suas comorbidades. RBONE-Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, 1(2).

Schmitz, W., Saito, A. Y., Estevão, D., & Saridakis, H. O. (2005). O chá verde e suas ações como quimioprotetor. Semina: Ciências biológicas e da saúde, 26(2), 119-130.

Basu et al., (2010) Green Tea Supplementation Affects Body Weight, Lipids, and Lipid Peroxidation in Obese Subjects with Metabolic Syndrome Journal of the American College of Nutrition 29(1), 31-40.

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