O ginásio O Ronaldão, em João Pessoa, recebeu a primeira edição do Praêra Extreme Fight, na noite desta terça-feira (21). A competição reuniu 14 atletas de MMA representando equipes de quatro estados brasileiros, sendo a maioria da Paraíba. Com duelos acirrados, as lutas empolgaram o público presente – cerca de 1.500 pessoas. O destaque da noite ficou com atleta Daniel Lyoto (Nocaute Team/PB), escolhido pela arbitragem como o melhor da competição.
Os duelos de MMA tiveram início com o card preliminar. A primeira dupla a subir ao ringue foi James Ferreira (Nocaute Team/PB) e Delbert Lamark (Eduardo Team/PB). Numa luta bastante equilibrada, a arbitragem acabou dando a vitória, por unanimidade, ao Delbert. Logo em seguida, foi a vez de Adail Charles (Key Gracie Barra/PB) e Diogo Feitosa (Eduardo Team/PB) duelarem, mostrando bastante ação do início ao fim. Adail Charles levou a melhor durante todos os rounds, garantindo a vitória com um mata-leão.
Finalizando o card preliminar, Daniel Lyoto (Nocaute Team/PB) lutou contra Aldo Kércio (Eduardo Team). Num combate bastante empolgante, que levantou as torcidas, o jovem Lyoto saiu vencedor, levando o representante do Eduardo Team ao chão, no terceiro round, com um soco direto. A vitória por nocaute deu a Daniel o título de melhor atleta da competição.
Card principal – Já as disputas no Card Principal começaram com ânimos exaltados. Os atletas Ítalo Ramon (Go Funcional Fight/PB) e Josefan Silva (Key Gracie Barra/PB) se desentenderam no segundo intervalo do confronto, promovendo um conflito que chegou a envolver integrantes das equipes dos dois atletas. Após a situação controlada, a arbitragem confirmou a vitória de Ítalo.
Dando continuidade à competição, subiram no ringue os lutadores Thiago Bananinha (Go Funcional Fight/PB) e Marcos Majú (Nova União/CE). Ainda no primeiro round, o representante da equipe paraibana teve um dente quebrado após ser atingido por um golpe do adversário. O confronto, entretanto, acabou sem vencedor.
“Pelas regras para lutas de três rounds, quando um atleta recebe um golpe legal ainda no primeiro e fica sem condições de continuar na disputa, a arbitragem pode finalizar o duelo sem apontar vencedores, declarando ‘no-contest’. E foi o que fizemos. Caso a mesma situação tivesse ocorrido no segundo round, aí sim, poderíamos apontar o vencedor”, explicou o árbitro Cezani Moutinho, que é membro da Associação Brasileira de Árbitros de Luta e da Confederação Brasileira de MMA.
A penúltima luta da noite ficou sob responsabilidade de Arymarcel Chocolate (Sukata Team/PE) e Claudemir Caveira (Pitbull Fight/CE). Com apenas um minuto e 12 segundos de duelo, Chocolate garantiu a vitória por finalização com chave de braço. “Atualmente, moro em Pernambuco, mas sou paraibano e tenho o maior orgulho disso. Levo a bandeira do meu estado para onde eu for. Eu estava no treinamento da seleção brasileira no Rio de Janeiro e vim a João Pessoa honrado, só para participar deste evento. Saí vitorioso. Agora, sigo focado, com o sonho de chegar ao UFC”, declarou.
Finalizando o card, foi a vez de Janailson Kevin (Team Nogueira/RJ) e Caio Pânico (Key Gracie Barra/PB) combaterem. O representante do time carioca levou a melhor. “Tinha me preparado para subir ao ringue com outro atleta, que acabou se lesionando e não podendo combater. Bato palmas para o Caio Pânico, que teve a garra e a coragem de encarar nossa luta, mesmo tendo sido convidado faltando poucos dias. Ele é um dos exemplos dos bons atletas que a Paraíba possui”, elogiou Janailson Kevin.
Outros duelos – Antes das disputadas de MMA, o Praêra Extreme Fight contou com três lutas especiais, sendo elas de boxe, taekwondo e submission. No boxe, subiram ao ringue Muhammad Al Hamin e Yan Charles, enquanto no taekwondo Adriano Lucena e Jefferson de Sousa. Em ambos os casos, não foram apontados vencedores, já que se tratavam apenas de demonstrações das artes marciais. Já no combate de submission, lutaram Giovanni Soldado (Hikari/RN) e Caio (Boca Team/PB), com vitória do representante da equipe potiguar.
Beleza – O evento contou ainda com a participação das modelos Andressa Urach e Carol Ramalho, que se revezaram durante as lutas como ring girls. “Esta foi a terceira vez que ataquei de ring girl e fiquei muito honrada. Gostei muito do evento, da organização e, inclusive, das lutas. Acho que uma competição como essa só valoriza o potencial dos atletas profissionais e fortalece a Paraíba como sede de um dos maiores eventos de MMA do país”, disse a gaúcha Andressa.
Para João Paulo Jurema, um dos organizadores do Praêra Extreme Fight, o saldo final da competição foi bastante positivo. “Tivemos problemas pontuais, contudo, no geral, o evento se desdobrou bem, contando com confrontos acirrados, com atletas profissionais. Agradecemos ao apoio do público, das equipes e dos patrocinadores, por acreditarem no projeto”, destacou. Segundo João Paulo, já é certa a segunda edição da competição. A previsão é que ela aconteça no próximo mês de julho.